sábado, 27 de agosto de 2011

Manifesto Cultural de João de Almeida Neto!

O Secretário Estadual de Cultura, Luiz Antonio Assis Brasil, em entrevista publicada na edição de sábado do Jornal Zero Hora (23/07/2011), airmou que o "estado não é só cultura campeira".
E quem disse que é ??? De onde o Secretário tirou essa?? o Rio Grande do Sul é ricamente diversificado, seja por raças, etnias, religiões, regiões. Todas essas manifestações compõem um mosaico cultural riquíssimo, juntamente com a cultural rural, integrativamente, somativamente.
Revela o Secretário que, para atender reivindicações pontuais de outros setores culturais, está redigindo um documento em que propõem discutir questões como a "hegemonia da cultura do homem do campo", que segundo ele, é metonimia (consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança).
Barbaridade! O raciocinio de que eventual obscuridade de outrsas linhas é culpa de quem fez o que tinha que ser feito para defender o que gosta é completamente equivocado. Não é prudente que a administração pública, por seu agente da área cultural, culpe a cultura campeira pelas dificuldades de outros segmentos. Não é aceitavel que o secretário venha a público, em jornal de grande circulação, lançar censuras e jogar a opnião pública e a comunidade cultural contra as pessoas que operaram de forma produtiva.
A notoriedade da cultura campeira, seja pelas artes ou pelas festividades (rodeios, festivais, feiras) se dá em virtude da competencia dos artistas e administradores dessa área. Houve tempo em que essa manifestação agonizava no ostracismo. Face ao trabalho competente e belo de artistas, intelectuais e abnegados, o que era considerado "coisa de grosso" ganhou os palcos e as ruas e hoje acompanha uma multidão de pessoas que assumem e vivenciam o nosso folclore. No artesanato, na pintura, nos carros - ouvindo música gaúcha-, nos bailes, ou nos shoppings -tomando mate.
A cultura rural não tomou espaço de ninguem. Conquistou e seu. Com talento e eficiencia. Não há hegemonia sem metonimia. Há trabalho, dedicação e aceitação popular. E esse trabalho que tantos frutos trouxe a cultura rural deve servir de exemplo. Os resultados positivos devem causar orgulho, não ressentimentos e suposições de antagonismos.
O que realmente é necessário, e o Rio Grande do Sul há muito clama por isso, é o surgimento, na administração pública, de pessoas competentes e de visão larga que, sem mexer no que está dando certo, encontrem soluções para as áreas desprestigiadas ou em dificuldades. Para plantar açucenas não é necessários pisar nas rosas.


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